quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A ERA DO RÁDIO


          UM TEMPO EM QUE SE FAZIA CULTURA SEM MUITA TECNOLOGIA MAS COM VONTADE E QUALIDADE.

                                                      O  RÁDIO:



           "O RÁDIO ACORDA O BRASIL.O RÁDIO É O JORNAL DOS QUE NÃO SABEM LER,É O MESTRE DE QUEM NÃO PODE IR À ESCOLA."

                                      O Rádio como meio de comunicação, é um veículo importantíssimo no dia a dia dos ouvintes.É instigante para quem o faz,é fascinante para quem o escuta.                                            


    
A Era de Ouro do Rádio no Brasil

Gravações dos Anos Dourados do Rádio Brasileiro

                 É SÓ CLICAR E OUVIR:
Especiais e Depoimentos
Locutores Esportivos, Narrações de Futebol e Copas do Mundo


                               (FONTE: A ERA DE OURO DO RÁDIO NO BRASIL-HISTÓRIA DO RÁDIO)
A INVENÇÃO DO RÁDIO

A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, nascido em 1874 na cidade de Bolonha. Desde menino demonstrando interesse pela Física e Eletricidade, Marconi foi o primeiro a dar explicação prática aos resultados das experiências de laboratório anteriormente realizadas por Heinrich Hertz, Augusto Righi e outros. Pelos resultados dos estudos de Hertz, Marconi concluiu que tais ondas poderiam transmitir mensagens, e, assim, em 1895, fez suas primeiras experiências, com aparelhos rudimentares, na casa de campo de seu pai. Conseguiu fazer chegar alguns impulsos elétricos a mais de um quilômetro de distância. Observou, também, que elevando a altura das antenas , alcançava maior distância. Não tendo apoio do governo italiano, foi para Inglaterra, em 1896, onde obteve a primeira patente para o seu telégrafo sem fio devido aos interesses comerciais dos ingleses, já que através desse invento poderiam alcançar navios cargueiros afastados da costa. 
Após essas experiências, Marconi foi convidado pelo governo italiano a regressar ao seu país, onde instalou uma estação em Spezia para comunicação com navios de guerra, alcançando, então, 20 quilômetros de distância. Marconi recebeu o Prêmio Nobel de Física juntamente com Karl Ferdinand Braun, em 1909. A primeira irradiação musicada foi feita em 1920, e, em setembro de 1922, conseguiu pela primeira vez, na Inglaterra, alcançar a Austrália, também com o emprego se transmissão por centelha (timed spark system). Em 12 de outubro de 1931, comprimindo um botão em Roma, Marconi transmitiu sinais de rádio que ligaram o comutador geral da iluminação do monumento do Cristo Redentor, erguido no Alto do Corcovado, no Rio de Janeiro. Marconi morreu em Roma em 1937.

ROQUETE PINTO - O Pai do Rádio no Brasil
Conhecido como um dos principais antropólogos do Brasil, Edgard Roquete Pinto, "o pai do rádio" no País, demonstrou grande interesse em relação aos meios de comunicação, em especial ao rádio. Em situação embrionária no Brasil, Roquete previu imediatamente o seu uso como um difusor de cultura popular. O sucesso da primeira irradiação no Brasil, em 1922, durante as Comemorações do Centenário da Independência, realizada no alto do Corcovado, no Rio de Janeiro, transmitindo o discurso do então presidente Epitácio Pessoa, foi a gota d´água para os planos da primeira emissora brasileira, embora na cronologia da comunicação eletrônica de massa brasileira o surgimento do rádio no Brasil é marcado com a fundação da Rádio Clube de Pernambuco por Oscar Moreira Pinto, no Recife, em 6 de abril de 1919. Em 1923, vários aparelhos de recepção instalados no Rio de Janeiro receberam os primeiros sons e vozes dos discursos de inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Seu criador, Roquete Pinto, havia dado o primeiro grande passo para a efetivação de um projeto cultural. Rapidamenete, diante da concorrência surgida entre as emissoras, a evolução tecnológica ampliou-se e, na década de 30, os estúdios começaram a abrir as suas portas para o público. Rompia-se, então, o elitismo existente até então. Em 1934, com a crescente necessidade de formação de pessoal para atuar dentro das emissoras, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, pioneira, transformou-se na Rádio Municipal do Rio de Janeiro, conhecida como Rádio Roquete Pinto. De norte a sul do Brasil, as rádios começaram a influenciar o modo de vida das pessoas, lançando ao estrelato grandes nomes da música, como Francisco Alves, Vicente Celestino, Dalva de Oliveira, Emilinha Borba, Silvio Cladas, Dóris Monteiro etc. O pós guerra foi marcado pelos concursos de "rainha" e "rei" do rádio, destacando-se nesse período a cantora Dircinha Batista, que ganhou o título a partir de 1948, mantendo-se por 11 anos. Estes concursos cativaram ouvintes, que formaram fãs-clubes para as eleições anuais de seus ídolos.
Foi na década de 50 que o esporte ganhou adeptos pela a irradiação de jogos de futebol, principalmente em épocas de Copa do Mundo. Muitos "speakers" (locutores) tiveram seus nomes vinculados ao esporte, como Geraldo José de Almeida, Oduvaldo Cozzi, Pedro Luis, Jorge Curi e Paulo Planet Buarque. Uma pequisa realizada em 1955 estimava em 477 as emissoras de rádio existentes e aproximadamente meio milhão de aparelhos receptores. Esses números vinham ao encontro do pensamento quase profético de Roquete Pinto de popularização do meio de comunicação rádio.
A VERSÃO DE UM BRASILEIRO

A história da invenção do rádio passa pelo Brasil através da figura do padre gaúcho Roberto Landell de Moura, nascido em Porto Alegre em 1862. Ele desenvolveu um aparelho que transmitia e recebia a voz humana sem a utilização de fios condutores. Sua primeira experiência aconteceu em São Paulo, em 1893. O sucesso do feito colocou em xeque sua sanidade mental diante de seus superiores. Sete anos depois, Landell de Moura consegue a patente brasileira de seu invento. Em 1901, sem apoio das autoridades brasileiras, embarca para os Estados Unidos onde patenteia o telégrafo sem fio, o telefone sem fio e o transmissor de ondas. Após três anos no exterior, Landell de Moura volta ao Brasil e solicita ao então presidente Rodrigues Alves a liberação de dois navios para demonstrações com seu telégrafo sem fio. Taxado de louco, teve seu pedido negado. Regressou ao Rio Grande do Sul, morrendo aos 66 anos de idade na cidade de Porto Alegre em 30 de junho de 1928. 

 ( FONTE INTERNET  RÁDIO CLARET "ASSIM ERA O RÁDIO" )